LUIZ ALONSO DE OLIVEIRA BLANCO plantou árvores, fez um lindo e inteligente casal de filhos e escreveu livros. Ele é imortal.
Ontem perdi mais um pedaço de mim.
Como se eu fosse uma árvore que escapou do vendaval, da enchente e está presa em um barranco prestes a desmoronar… E um dos seus galhos foi atingido por um raio.
Sua mais recente intervenção aqui na nossa EBH e na ABIH foi escrever uma “crônica da cheia”, onde ele passou uma forma vem singela de ver o mundo, tão amplo, tão diverso e seu olhar via por entre as gotas de chuvas e praças alagadas, uma outra realidade, onde sonho e esperança ocupavam mais espaço que as águas do Jacui.
Meu grande amigo aproveitou as Águas Altas e, como se estivesse em uma Arca de Noé, flutuou por sobre o estuário ao por do sol de Guaíba, voou entre es nuvens brancas do Bairro Teresopolis e subiu calmamente o grande morro de onde se vê toda a cidade.
A Bruna e o Lucas, dois adolescentes memoráveis, estarão seguros sob o olhar imortal deste colorado, que jogava bola entre uma conversa animada e outra. E nós, seus inumeráveis amigos e seus inumeráveis estudantes que por suas salas de aula passaram, ficam órfãos daquele grito musical: “acabou o tempo” é só nos resta responder: “começou um novo tempo”.
O mestre em hotelaria pela UCS, que dedicou mais de 30 dos seus belos anos aos melhores hotéis por onde passou, fez o seu Check-Out em Ijuí, a terra que ele amava como se fosse sua e onde ela amado por “irmãos de alma” que dele cuidaram com todo o carinho que ele mereceu.
Até daqui a pouco, meu amigo, meu parceiro e “galho mais frondoso da árvore da minha existência”